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RECULTURIZAR Vilar de Nantes - Conhecer o que é nosso “Com um cesto de vontades e as mãos no barro”

Âmbito

Geral

Freguesia

Vilar de Nantes

Proponente

humberto jorge da silva seixas

Data Submissão:

05-06-2017

Objetivos do projeto: Recuperar o artesanato de Vilar de Nantes Olaria e Cestaria Reclamar potenciais valores históricos: As origens de Luís de Camões e a possibilidade de ter nascido em Vilar de Nantes Plano de ação: - Levar a efeito várias oficinas de trabalho em Vilar de Nantes, durante uma semana com foco nas escolas do concelho e no Turismo Ativo / Turismo Experimental, com os seguintes temas: a) “Terra de pais e avós Camões” - Oficinas de leitura e dramatização, com historiadores e escritores b) “Com as mãos no barro” - Oficinas de olaria, com oleiros e artistas plásticos c) “Quem faz um cesto faz um cento” - Oficinas de cestaria, com cesteiros e artistas plásticos d) “ReCulturizar Vilar de Nantes” – Provocar Fórum Virtual - O que é nosso (artesanato) e o que terá sido nosso (nascimento de Camões) Enquadramento / Oportunidade da proposta O que nos levou a tomar a iniciativa da realização deste projeto foi o marasmo com que vivemos atualmente em Vilar de Nantes, sabendo por testemunhos vivos e por registos bibliográficos que esta freguesia foi em tempos uma terra riquíssima em artesanato e cultura, desde a afirmação de alguns historiadores que esta foi a terra de pais e avós de Luís de Camões, até a certificação do barro preto de Vilar de Nantes e por último pela quase extinção das atividades artesanais aqui existentes, designadamente a olaria e a cestaria. A promoção dos valores culturais do nosso concelho assenta essencialmente na realização de eventos que decorrem na freguesia de Santa Maria Maior; Grande parte das nossas crianças e jovens pouco conhecem das demais freguesias, para além do local de residência e do centro da cidade; Este paradigma leva a que diversos locais de interesse natural, histórico e arquitetónico do nosso concelho sejam desconhecidos de grande parte da população; O mesmo acontece com os “saberes” que não obstante a promoção em diversos eventos, esta é levada a efeito fora do seu contexto natural, seja em termos de localização geográfica seja na possibilidade da interação dos visitantes de modo a vivenciarem as artes que se lhes apresentam; Outros saberes, ancestrais e em tempos definidores da entidade do seu povo, estão largados à sua sorte e como tal condenados à extinção; Longe vão os tempos em que se fazia tudo em Vilar de Nantes: Quando se partia um prato logo seguia um “vai a Vilar comprar outro”, se os sapatos não serviam “talvez em Vilar façam uns à tua medida”, até mesmo quando a natureza não ajudava na constituição da prole desejada era evocada a possibilidade dos pucareiros de Vilar resolverem o assunto. Também longe vão os tempos em que Vilar de Nantes era visitado por gentes que falavam outras línguas que quase ninguém entendia e ficavam maravilhados pela beleza das artes pucareira e cesteira. A arte da olaria era o sustento de muitas famílias, ainda que não muito saudosa para quem dela vivia, dada a rudeza do trabalho exigido nos tempos que já la vão. Certo é que nos dias que correm já ninguém faz “púcaros” em Vilar e perdeu-se grande parte da identidade das gentes desta terra. Acresce o valor histórico não explorado, que poderão traduzir mais-valias pelo potencial interesse turístico que encerram. Numa das suas obras José Hermano Saraiva aventa a possibilidade de Luís de Camões ter nascido em Vilar de Nantes, apontando mesmo uma casa existente como a provável casa da família Camões, da qual colocou uma fotografia do referido livro. Coimbra, Lisboa e Constança reclamam esse nascimento sem contudo haver estudos conclusivos; Sendo mais ou menos consensual que o pai e avós de Camões eram de Vilar de Nantes, deixa-nos via livre para avançar com mais uma tese acerca do local do seu nascimento. Seguindo a premissa popular “onde comem três comem quatro”, pretendemos juntar-nos às três aludidas localidades na reclamação das origens de Camões e fazer disso uma mais-valia do ponto de vista turístico. Se milhares de turistas visitam em Verona as que teriam sido as casas de Romeu e Julieta, porque não visitar aquela que terá sido a casa da família Camões e onde terá ele nascido ou vivido?!... Que circunstâncias favorecem a realização deste projeto? Numa fase em que o mediatismo “Roma e seu legado” está em realce na Europa, achamos que as atividades artesanais por eles deixadas na região deveriam ser apoiadas. Por outro lado com a certificação do barro preto de Vilar de Nantes concluída, deparamo-nos que temos a certificação e não temos o que certificar pois já não há quem se dedique a esta arte. O recente reconhecimento do processo de fabrico da Olaria Negra de Bisalhães como Património Cultural Imaterial da Unesco, eleva a nossa vontade e a nossa responsabilidade na recuperação das artes ancestrais do nosso concelho. Termos que apostar nas oficinas, provocar a população e dar todo o apoio possível para que refloresçam novos artesãos com projeto de vida definido nestas áreas. Quem beneficia com o Projecto? Na medida em que dirigimos o projeto às escolas e aos turistas, achamos que os primeiros beneficiados são o Povo de Vilar de Nantes em particular e o Concelho de Chaves em geral: - Oportunidade da população “meter as mãos no barro” e participar nas atividades propostas - Recolocação de Vilar de Nantes/Chaves no mapa turístico nacional, com o benefício económico proporcionado pela divulgação do evento (dormidas, comidas, transportes etc) - Rampa de lançamento para eventual candidatura a património da Unesco Calendário Primeira Fase - Preparação do Evento - (Janeiro – Abril 2018) - Divulgação e promoção junto das redes de escolas do concelho (públicas e privadas) para estas colocarem o objetivo do projeto nos seus planos de atividades. - Levantamento bibliográfico, videográfico e fotográfico nos vários temas: Camões, Património arquitetónico, Olaria, Cestaria, atividades culturais, etc. - Elaboração de trabalho de investigação junto das pessoas mais idosas da aldeia, principalmente familiares de oleiros, para que se avalie com a maior precisão todo o processo de fabrico, desde a recolha do barro até à cozedura, assim como forma de escoamento do produto acabado (troca direta). - Elaboração de estudo acerca da vida de Camões, a levar a efeito por historiador credenciado, preferencialmente “discípulo” de José Hermano Saraiva, onde evidencie os pontos fortes da vida da família de Camões no concelho de Chaves. - Divulgação e promoção junto das instituições públicas e redes de escolas (agrupamentos) para estes colocarem o objetivo do projeto nos seus planos de atividades. Segunda Fase – Preparação dos Locais - (Maio 2018) - Instalação dos locais onde decorrerão as oficinas de trabalho* “como museus vivos”, - Oficina de olaria - Oficina de cestaria - Biblioteca temporária: Família de Luís de Camões * Recurso a locais públicos, designadamente a escolas primária que está inativa e ao forno de cozedura da louça existente na freguesia, assim como a associações locais e artesão para a dinamização e orientação das oficinas de trabalho. Semana “ReCulturizar Vilar de Nantes” Data sugerida para o Evento: 2 a 10 de junho de 2018 Estimativa Orçamental € 30.000,00 (Trinta Mil Euros) Título do Projecto "ReCulturizar Vilar de Nantes - Conhecer o que é nosso e o que poderá ter sido nosso * O termo "ReCulturizar" traduz no contexto deste projeto “recuperar a cultura perdida”